SiONU - Simulação das Nações Unidas

domingo, 6 de setembro de 2009

Ventos de Guerra sobre as Américas

Após o debate sobre a criação de uma força policial da OEA, o comitê recebe um comunicado especial da República Bolivariana da Venezuela.

A República Bolivariana da Venezuela, após a cessão das bases colombianas aos Estados Unidos da América, considera que, além de uma grave violação dos princípios que sempre regularam a confiança mútua e a segurança na América do Sul, que tal fato constitui uma traição ao povo colombiano que, sempre e avidamente conquistaram a sua soberania, de maneira popular e legítima.

Dessa maneira, a República Bolivariana da Venezuela, através de sua representação legítima, reconhece que a, organização outrora denominada Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia hoje, para nós, são o Governo Legítimo da República, de características intrínsecas a uma democracia consolidada e comprometida com seu povo e com a segurança regional.

Finalmente, a República Bolivariana da Venezuela fará tudo o que for possível, dentro do nosso território, para apoiar o governo que consideramos legítimo e também, ainda tudo o que estiver ao seu alcance para manter a estabilidade da segurança da América do Sul e principalmente, de nosso território.” (Hugo Rafael Chávez Frias, Presidente da República Bolivariana da Venezuela)

Após receber o comunicado, os países membros da OEA se viram diante de uma crise onde Hugo Chávez declarou formalmente o reconhecimento das FARC como o governo legítimo da Colômbia e declarou o governo do país vizinho como traidor. Cuba apoiou fortemente a Venezuela e acusou os Estados Unidos da América de imperialista e de exercer sua soberania sobre os países da América Latina.

Dentre os demais membros da OEA, pode-se verificar posicionamento contra o reconhecimento das FARC e a defesa do Direito da Colômbia de poder fazer negociações bilaterais com os EUA. A Nicarágua, apesar de concordar com Cuba em certos assuntos, declarou que os Estados são livres para negociar com quem quiser em relação à sua soberania. Em pronunciamento oficial, o Brasil apenas ressaltou que reprova atos criminosos das FARC e que a questão entre a Colômbia e os EUA é assuntos entre os dois Estados. A Argentina também compartilha da mesma opinião, afirmando que a questão de políticas bilaterais são questões da Colômbia e não cabe a outro governo questioná-las. Honduras se posicionou contra a Venezuela, alegando que aquele país é o “maior importador de alface dos EUA” e que “não tem comida para a sua população”.

A Venezuela, ao se declarar, disse estar descontente com a OEA, acusou os EUA e a Colômbia de “corja imperialista” e disse não querer dar ouvidos a “... estes porcos yankees [EUA]". Também acusou o Brasil de invadir o Haiti, e que não tolerará tais políticas imperialistas, ameaçando movimentar suas tropas.

Diante de provocações, os EUA não se mostraram abalados pelas ameaças venezuelanas, e afirmaram já esperar algo parecido vindo de Hugo Chávez. E junto com o Brasil, El Salvador, México, Nicarágua e Republica Dominicana promoveu uma resolução para a questão, que segue abaixo:

Projeto de Resolução n°1
Reconhecendo a Carta Democrática Interamericana; lembrando dos relatórios da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, do ano de 2009;

1- Reitera a preocupação com as FARC, organização responsável por vários delitos no continente americano;

2- Insta os Estados membros a fortalecer os mecanismos democráticos existentes na América;

3- Convoca os Estados-membros a respeitar a soberania nacional, a livre determinação dos países e a democracia e representativa;

4- Enfatiza o repúdio à violência, às ditaduras e a qualquer outra forma de repressão;

5- Reconhece que a existência de eleições regulares e convocadas por meios legais é a única forma de constituir um governo legítimo;

6- Encoraja os países do continente para que busquem soluções coordenadas entre eles;

7- Reforça o apoio e a cooperação ao governo legal e democraticamente constituído por Álvaro Uribe.

Muitos dos Estados ainda apresentam interesse em um Conselho de Segurança para toda a América e apesar das ameaças de Hugo Chávez, vêm tais atitudes apenas como “bravata”.

Um comentário:

Luan disse...

Caralho, este foi meu melhor artigo!
Tudo bem que acabou o evento mas caralho, caralho, depois cubrir este furo de ponta a ponta, sinto orgulho de mim mesmo!