Na coletiva de sábado da imprensa com as várias delegações da ONU em debate sobre causas tão diversas quanto ajuda a refugiados, apoio à causa curda, à liberdade de Kosovo ou a renovação global das matrizes energéticas por algo menos poluente, revelou-se avanços progressistas e soluções imediatas não radicais trazidos por uma diplomacia cautelosa, mas talentosa.
A delegação da Coréia do Sul, representada através de uma delegada, se pronunciou sobre a questão dos refugiados ambientais. Alegando a decisão de apoio financeiro à causa dos refugiados, mostrou-se definido no que acreditou ser um consenso à taxa de entre 0,05% e 0,07% sobre o PIB de cada país. Questões como cessão de espaço no território para abrigar refugiados também foram respondidas favoravelmente, mesmo que fosse alegada necessária a discussão de ainda alguns detalhes. O Brasil também se fez representar. Questionado sobre a delicada situação de abrigar refugiados em solo brasileiro, onde a situação econômica e social do país é tida como dramática, o seu delegado ali representado assumiu compreender tal situação, mas que os refugiados teriam sim condições aceitáveis de vida, e melhores até, permitindo que se reergam da situação delicada e humana aos quais foram impostos. Também questionado sobre quais essas condições exatas seriam, respondeu que alguns detalhes ainda estão em decisão. O órgão decidido para administrar o fundo seria o ANKUR, assim como de toda fiscalização do uso correto pelos países.
Sobre o assunto de Kosovo, a decisão apresentada pela delegação belga do envio de tropas humanitárias à região para apoio à etnia curda revelou certa surpresa. Segundo o delegado, que afirma que a política externa russa e sérvia não afirma a independência de Kosovo, negando a vontade de mais de 50% da população local, assim como em rebate à pergunta de uma repórter do Le Monde, afirma que a questão do separatismo que poderia estar ocorrendo dentro do Flandres e Valônia, e que poderia gerar uma onda de separatismos dentro da própria união européia, ele diz que a questão de Kosovo conta com apoio de mais de 50 países e que sim, conta com o apoio irrestrito de mais de 50% da população, diferentemente do que se passa na Bélgica.
Também foi lamentada a ausência americana no comitê para que as negociações pudessem avançar. O delegado sérvio, entretanto negou unanimidade citada, e declara ausência de poder de voto sérvio. Sobre a situação na Ossétia do Sul, não foi acordado que os georgianos iriam fazer parte das tropas de paz, força multinacional a ser lideradas pela Bélgica. A resolução ainda afirma que a lista de países que irá integrar tal grupo ainda está em aberta, com os interessados ainda a serem aprovados pelo conselho de segurança.
domingo, 23 de novembro de 2008
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