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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Vinte milhões de refugiados esperam decisão da ONU

Após mais um dia de Comitê dos Direitos Humanos para discussão sobre refugiados ambientais, os delegados ali presentes pareceram avançar, mesmo a passos lentos, nessa discussão. Após um debate quente, liderado por uma enérgica representação do Reino Unido e de países como a República da Coréia do Sul e Brasil, foi criado um documento com as propostas principais, que basicamente envolvem a criação de um fundo destinado a financiar, através de um órgão responsável da ONU, a causa dos refugiados. Questões como participação financeira proporcional aos PIB de cada país foram levantadas. Países como Brasil e França se mostraram inicialmente favoráveis, inclusive citando a criação de uma taxa padronizada, enquanto outros países como México e Romênia, citaram, respectivamente, um estudo adequado ao caso de cada família, permitindo que com isso tenham certa qualidade de vida e renda mínima, além de que tal fato seria inviável hoje devido à uma nova crise financeira mundial. A França, contudo, afirmou que sua posição oficial é dar apoio médico e humanitário, mas não ceder espaço em seu território para os refugiados, e que inclusive tal opção pode ser aproveitada por países com necessidades similares, fato criticado pela Coréia, que citou a não colaboração financeira francesa. A Coréia aproveitou e citou a Rússia como grande poluidora e conseqüentemente, tendo o dever de ajudar. A Rússia posteriormente retrucou: alegou que seu país não é sozinho um grande poluidor, mas que o próprio Reino Unido (assim como China, EUA, Japão) é um poluidor. “No seu país não existe indústria, carros e poluidores?” pergunta? E conclui que a solução por PIB é a menos sensata no momento.

Durante a reunião, algumas propostas interessantes foram colocadas. A Suíça defendeu uma política de prevenção de problemas ambientais para que não haja novos refugiados. México critica, propondo soluções sim, que tenham resultado à curto prazo para os já muitos refugiados existentes. O delegado britânico citou o protocolo de Kyoto como um bom parâmetro para estabelecer valores e números para se definir a ajuda.

A cidadania também foi assunto desse debate. O delegado britânico afirmou: “os refugiados devem ser tratados com turistas”. A Coréia e outros países rebateram, acreditando não ser essa a forma de tratamento certo. Entretanto, a idéia de cidadania plena (mesmo após a citação suíça de sua cidadania concedida após 10 anos de estado), foi contestada. Os delegados acreditam em solução temporária para os refugiados. O Brasil, por fim, atestou que eles possuem os mesmos direitos que quaisquer cidadãos.

O debate continua amanhã, com uma decisão definitiva sobre o assunto. Enquanto isso, no mundo real, 20 milhões de refugiados aguardam uma decisão que possa afetar seu futuro, ou simplesmente deixá-los mais uma vez, à berlinda.

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