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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Curdos, heróis ou terroristas?

A reunião do Comitê de Políticas Especiais e Descolonização (SPECPOL) da ONU, nesta quinta-feira, para discutir o delicado assunto da nação curda e possível criação de um Estado soberano com os delegados de vários países, mostrou-se bastante peculiar. Apesar da presença de várias delegações, algumas se mostraram bem firmes em relação a diversos pontos. O assunto curdo é delicado, resultado de séculos de relações tribais, rixas étnicas, imperialismo europeu antes e depois da segunda grande guerra e presença forte dos valores culturais mulçumana, tanto sunita quanto a radical xiita.

Praticamente, os delegados se polarizaram em duas frentes: aqueles que são contra o Estado Curdo, e aqueles que são a favor. Velhas posturas se mostraram presentes. Israel não admitiu a criação de um Estado Curdo, alegando que fere o direito à soberania, e sua incapacidade de consolidar o Estado. Várias nações questionariam. Os EUA alegaram a necessidade da criação do Estado Curdo, apoiado pela Austrália, e a nação americana foi citada de imperialista e em querer aproveitar a criação do Estado para favorecimento da indústria petroleira. Os Estados Unidos retrucaram. Em tom moderado, alegou seus valores amplamente conhecidos: liberdade e democracia. Muitos outros países citaram os direitos humanos, a liberdade individual e o respeito à vida. Tal discurso, que é favorável à criação do Estado Curdo, defendido inicialmente pelo Canadá, também foi reforçado pelo Chile e pela República da Coréia. Enquanto esta também citou a perseguição que os curdos sofrem, o Reino Unido mostrou-se contra a criação de um Estado Curdo, que posteriormente alegou que os Estados Unidos os estavam defendendo em prol de seus interesses particulares, o que é contrária ao seu discurso anterior favorável aos Estados Unidos, na sua posição tradicional de aliada. A Sérvia, contudo, pediu firmeza dos Estados Unidos nessa questão, contra a presença marcante de uma Israel que foi chamada de hipócrita ao negar a existência do futuro Estado soberano.

Apesar do assunto delicado, nações como Síria ou Turquia não apresentaram delegados, fato lastimado por todos os países e citado pelo delegado americano como um “ato de hipocrisia que revela o quão eles querem se fazer representar, mas praticam uma política distante, isolacionista e hostil”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não são heróis nem terroristas.
E apenas uma etinia q clama por um teritorio .