SiONU - Simulação das Nações Unidas

domingo, 23 de novembro de 2008

CONSELHO DE SEGURANÇA HISTÓRICO (CSH)

03/06/1948

Discursos inflamados tomaram conta da mesa de discussão do Conselho de Segurança ontem. A tentativa de encontrar uma solução para o atual conflito no Oriente Médio, mais especificamente na região do recém criado Estado de Israel, foi dificultada por haverem tantas convicções distintas presentes na mesa.

Após somente três anos do término na Segunda Grande Guerra, questões estatais significativas já recorrem ao uso da força armada para alcançar seus objetivos. A Organização das Nações Unidas media as atuais negociações. A região da Palestina foi dividida há menos de um mês para a criação de um Estado Judeu, o Estado de Israel, e um Estado Árabe, que seria integrado pela Faixa de Gaza e a Cisjordânia. A decisão não agradou aos árabes, que invadiram o Estado de Israel, que por sua vez começou um movimento expansionista na dita região.

Os representantes ontem reunidos ponderavam o melhor modo de se acabar com o conflito e se haveria ou não o envio de tropas da ONU para a região. Reino Unido, Bélgica e Paquistão eram convictamente contra, argumentando que deveriam fazer uso da diplomacia e não da força para chegar a um consenso. Acabaram de sair de uma Guerra, não poderiam arcar com outra no momento. “É insano”, declarou a delegação do Reino Unido, recordando aos presentes que a casa foi criada há pouco tempo, há de demonstrar a força através da voz, e não com armas, acrescentando que “o verdadeiro poder provém do respeito”. O envio de tropas, caso um cessar fogo não fosse suficiente, poria em dúvida a eficiência da casa, já que seus membros não podem manter as decisões ali tomadas, relatou a delegação do Paquistão. “Tropas armadas causam distúrbios”, argumentou o delegado da Bélgica, quando o lado opositor disse que somente as tropas poderiam levar estabilidade à região. A delegada argentina, mais tarde, também se juntou a estes que enfatizavam o uso exclusivo da diplomacia, os quais todos defendiam o envio de observadores para a região, depois de um cessar fogo, para relatar os direitos e deveres possivelmente firmados nesta negociação.

Apesar de algumas divergências, Estados Unidos da América, França, URSS, China, Canadá, Índia e o Representante Israelense são a favor do envio de tropas armadas para a região. Israel recuará, declarou sabiamente seu representante, se os árabes recuarem. Ansiava arduamente por uma solução por parte do Conselho de Segurança. A delegada da URSS clama que três povos consideram aquela terra sagrada – cristãos, árabes e judeus – e se for doada uma parte para somente um deles, a continuação do conflito é eminente, por isso a necessidade do envio de tropas, para assegurar a estabilidade da região. A mesma URSS é acusada pela França de financiar a guerra através do tráfico ilegal de armas na região, mas compartilha da visão do cessar fogo armado. O excelentíssimo delegado dos Estados Unidos da América fez a seguinte declaração para este jornal: “Os Estados Unidos é contra a guerra na região e estamos fazendo todo o esforço possível para o envio de tropas da ONU. Somente as tropas azuis podem garantir a paz na região.”

As duas vertentes admitem que o cessar fogo é necessário, porém uma alega que o mesmo só se fará permanente caso haja o envio de tropas para mantê-lo, enquanto a outra defende que o envio de tropas só incentivará mais conflitos armados. O Alto Comissário Árabe é contra o envio de tropas, mas a favor de observadores. O delegado, constantemente acusando os Estados Unidos de uma grande aliança sionista e maçônica, comandado por bancos judeus que tenta “comprar” a Nação Soviética, a França e a Argentina através do dólar americano, incendiou e retardou as decisões do Conselho.

No fim da tarde havia um Projeto de Resolução sendo elaborado, que entraria em votação nesta manhã. Esperamos que a decisão mais eficaz torne-se consenso entre todos.

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